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Notícias / Meio Ambiente

Mesmo com os altos volumes do fim de semana, Nordeste ainda sofre com a seca

Canal Rural

 As chuvas registradas em outubro confirmaram um padrão típico da primavera e de um período que marca a transição entre o período seco (inverno) e o período de chuvas (verão). De um modo geral, foram registradas chuvas em todas as regiões do Brasil, porém as chuvas foram irregulares e mal distribuídas.

Estas chuvas foram insuficientes para recuperar o deficit hídrico do solo, mas serviram para garantir a evolução do plantio das lavouras de verão no Sul, Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil. A água disponível do solo, em camadas superficiais, está em torno dos 60% nestas áreas. Já no Nordeste, mesmo com as chuvas volumosas deste último fim de semana, as condições ainda são críticas. Algumas cidades do sul do Ceará já completavam quase 120 dias de estiagem e tiveram nas últimas 24 horas volumes de 40 a 55 milímetros.

– O ideal era que continuasse chovendo para que a situação da seca e dos índices de umidade do solo de apenas 10% fossem revertidos – explica Paulo Etchichury, meteorologista da Somar.

Porém, de acordo com a previsão do tempo, a presença de uma frente fria sobre o Sudeste do Brasil, favorece a organização de nebulosidade e chuvas somente sobre o oeste da Bahia. No sul do Maranhão e no sul do Piauí, o predomínio de sol continua e estão previstas apenas chuvas isoladas e de fraca intensidade. Esta condição, inclusive, deve persistir ao longo de toda a primeira quinzena de novembro.

Portanto, para as regiões onde a situação é crítica, não há previsão de chuvas para garantir condições ideais para o plantio das lavouras de verão. Os volumes só aumentam de forma significativa nos primeiros dias de dezembro e voltam a ganhar intensidade nos primeiros dias de janeiro de 2014.

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