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Produtores trocam sementes e têm prejuízo com plantação de milho no PI

G1



A cidade de Nazária, localizada a 30 km de Teresina, tem pouco mais de 8 mil habitantes. No município, há um projeto agrícola onde 22 produtores plantam milho e feijão. Mas segundo os agricultores, a mudança nas sementes antes utilizadas causou um prejuízo na safra deste ano.

Seu João Carneiro passeiou pelo milharal vendo de perto o tamanho das espigas a 15 dias da colheita. A safra desse ano é uma tentativa de recuperar os prejuízos do ano anterior. A semente usada para fazer esse tipo de plantação é conhecida no mercado brasileiro como AG 1051. Em 2012, os produtores de Nazária foram informados de que essa semente sairia do mercado e seria substituída pela AG 4051. Eles compraram essa nova semente, mas descobriram depois que ela não se adaptou bem ao solo da região.

Este ano os produtores só conseguiram plantar 3 hectares de milho, contra os 10 plantados no ano passado e apenas 30% da colheita foi vendida. A semente comprada pela Associação de Produtores de Nazária, a AG 1051 é o milho hibrido, melhorado geneticamente.

A reportagem do Clube Rural foi até a Universidade Federal do Piauí em busca de respostas para a baixa produção do milho plantado em Nazária. No Colégio Técnico Agrícola de Teresina a equipe conversou com o agrônomo Disralei Rocha. Segundo ele, a semente que deu espigas pequenas, a AG 4051foi produzida para substituir a AG 1051 que vai sair do mercado porque está com a capacidade produtiva esgotada. O agrônomo explicou ainda que as espigas não cresceram devido a algum manejo errado no solo e diferença na forma com que o milho foi plantado.

“A simples mudança no modo de cultivo das duas sementes, com o mesmo adubo, espaçamento igual e irrigação não teria os problemas que foram apontados", explicou o agrônomo.

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