Imprimir

Notícias / Agricultura

Reação no preço do cacau anima os produtores do sul da Bahia

Globo Rural

  Os olhares estão voltados para o céu. A primavera é um período que na Bahia costuma fazer muito sol, só que neste ano está sendo diferente. A chuva veio com força e água demais significa problemas.

A alta umidade favorece a proliferação da vassoura de bruxa e da podridão parda e as consequências são perceptíveis na planta e diretamente no fruto.

Na roça de Isidoro Lavigne, por exemplo, há plantas com mais frutos doentes que sadios. Com isso, a produção caiu cerca de 30%.

O tempo chuvoso também é ruim no pós-colheita. As amêndoas demoram mais para secar, ficam mais leves e a qualidade fica comprometida.

A Bahia é o maior produtor nacional de cacau. Este ano são esperadas 150 mil toneladas da amêndoa, queda de 17% em relação a safra passada.

A preocupação do produtor só não é maior porque o preço está atrativo. A arroba está custando em média R$ 90, enquanto em julho, a mesma quantidade era vendida por R$ 75. O aumento se deu principalmente porque o consumo foi maior que a produção mundial, mas também há outros fatores.

“A recuperação da economia americana e da Europa, o teor de cacau no chocolate e o aumento do consumo interno também contribuem”, explica Antônio Zugaib, chefe de planejamento da Ceplac.
Imprimir