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Aceleração do plantio da safra de soja pode resultar em problema logístico na colheita

De Sinop - Alexandre Alves

 A aceleração no plantio da safra de soja 2013/14 nas duas últimas semanas – período em que 45% da área foi semeada em Mato Grosso – pode trazer problemas logísticos para os agricultores do Estado durante a colheita. O alerta é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Conforme o instituto, os produtores rurais conseguiram, em tempo recorde, eliminar o atraso do semeio em relação à safra anterior. Em meados de outubro, os trabalhos estavam delongados em 8%. Contudo, após boas chuvas, os tratores roncaram dia a noite no campo e atualmente está adiantado em nove pontos porcentuais.

Com 5,95 milhões de hectares semeados, os produtores estão tendo uma evolução diária de 121 mil hectares, sendo disparado o maior valor, visto que na safra passada a média era de 101 mil hectares por dia.

“A grande capacidade de semear só está sendo possível devido ao clima favorável na grande maioria das regiões, junto com a boa estrutura de maquinários que os produtores mato-grossenses têm”, pontua o Imea.

Agricultores mostram potencial de parque de máquinas e eliminam atraso no plantio
Plantio da soja chega a 71% em Mato Grosso e fecha outubro nove pontos adiantado

Mas esse adiantamento no plantio poderá acarretar em uma colheita dentro de um prazo mais curto do que o previsto, impactando a logística. Poderão faltar colheitadeiras para ceifar cerca de metade da safra em um período entre 15 a 20 dias, caminhões e silos – já que tirar muita soja ao mesmo tempo vai, com certeza, estrangular o deficitário sistema portuário.

“Os produtores devem estar preparados para uma colheita bastante intensa, visto que, além de mais colheitadeiras, os produtores devem ficar alertas à possível falta de caminhões para levar a safra até o silo mais próximo”, alerta o instituto.

Outra preocupação que o sojicultor deve ter é com relação aos preços. O mercado da soja deve ser impactado nesses dias com o anúncio da oferta e da demanda, a ser feito pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). “Esses dados devem definir a tendência dos preços da soja e, por isso, os produtores devem ficar atentos para aproveitarem possíveis pontos de comercialização, que possam vir a ocorrer no decorrer das próximas semanas”, analisa o instituto.
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