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Notícias / Pecuária

Preço da vacina contra aftosa sobe 66% e criadores de MS reclamam

Globo Rural

  Nas mãos do presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul, Francisco Maia, está uma reclamação formal feita ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade. A Acrissul considera abusivo o aumento no preço das doses contra a febre aftosa no estado. Em maio, na primeira etapa, o valor médio era de R$ 0,90, agora é de R$ 1,50, um aumento de 66%.

O criador Daniel da Silva é mais um que reclama do preço da vacina, mas como ela é obrigatória é preciso pagar.

No início da segunda fase de vacinação contra a febre aftosa em Mato Grosso do Sul, que começou em novembro, o estoque em uma loja de produtos veterinários era de 1 milhão de doses. Agora, cerca de 20 dias depois, 40% delas já foram comercializadas, mesmo com o produto mais caro.

O vendedor da casa agropecuária, Eduardo de Carvalho, diz que agora os preços estão dentro de uma realidade de mercado. Segundo ele, nas últimas etapas, as vacinas estavam próximas do vencimento, por isso foram comercializadas com valor mais baixo.

Mesmo com a justificativa, os criadores acreditam que a alta no preço da vacina prejudica o trabalho deles e os consumidores da carne.

Em Brasília, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica informa que a denúncia de formação de cartel será analisada pela equipe de defesa de concorrência do Cade. Se for constatada a infração, os técnicos vão abrir um inquérito para investigar a questão.

O Ministério da Agricultura diz que não pode interferir no preço das doses da vacina por se tratar de uma questão de mercado. Ele só trabalha definindo normas, controlando a qualidade dos produtos e dando suporte às fiscalizações que são feitas pelas Defesas Agropecuárias estaduais.

O sindicato das indústrias que fabricam a vacina não quis se manifestar sobre o assunto.
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