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Conclusão da BR-163 não resolve problema de escoamento da produção de MT para o norte do país

Da Redação - Priscilla Silva

O presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, afirmou, durante o Seminário de Integração do Corredor da BR-163, que o desafio de Mato Grosso em fazer o escoamento de sua produção pelo norte não será superado apenas com a conclusão da BR-163.

Segundo ele, “sabemos que cada tijolo assentado em infraestrutura abre oportunidades. É por isso que precisamos integrar modais, apostar em ferrovia e hidrovia, integrando ao rodoviário, e só então poderemos fazer um escoamento eficiente”.

A situação das obras na BR-163, o potencial de cargas agrícolas para a região de influência e os terminais portuários do distrito de Miritituba e do município de Santarém, no Pará, compuseram a pauta de discussões durante o painel sobre logística. O seminário foi realizado no Sindicato de Sinop, nessa segunda-feira (18). O evento compõe a programação do Estradeiro Aprosoja BR-163 que acontece até dia 22 de novembro.

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Já para o diretor executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, e o representante do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Gustavo Boerger, apresentaram dados sobre situação de todos os 12 trechos, lotes licitados da rodovia federal, entre os municípios de Guarantã do Norte (MT) e Santarém (PA).

Destes, quatro estão com as obras já concluídas e os outros ainda em processo, em diferentes etapas. “Essas informações são uma prévia do andamento. Nesta semana, durante todo o percurso, nós identificaremos pontualmente, quilômetro a quilômetro, como estão essas obras, e as distâncias que ainda faltam de pavimentação”, explica Edeon.

Durante o evento o diretor executivo do Movimento Pró-Logística, ressaltou que o Movimento já alertou o Dnit sobre a preocupação com a qualidade das obras realizadas na BR-163. E, segundo Gustavo Boerger, o departamento está atento à situação e já está realizando um estudo de reforço estrutural, como uma capa maior de asfalto, dentre outras providencias. “Os trechos que estão deteriorando serão atendidos e, inclusive, caso seja identificado alguma falha das empreiteiras, elas terão de arcar com essas despesas.”

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Sobre a integração entre os modais rodoviário e hidroviário, Kleber Menezes, presidente da Associação dos Terminais Portuários Privados e das Estações de Transbordo de Cargas da Hidrovia Tapajós, explicou que atualmente existem oito projetos de Estações de Transbordo de Cargas (ETC), localizados na região de Itaituba, no distrito de Miritituba e no distrito de Santarenzinho.

“Dentre todos esses projetos, a ETC da Bunge já entra em operação em fevereiro de 2014, com inauguração agendada para março. Das que restam, três tem previsão de operação para 2015, outras três para 2016, e ainda mais uma sem data.”
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