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No AM, novas variedades de guaraná prometem melhor rendimento

Globo Rural

  Duas novas variedades de guaraná, mais resistentes às doenças que atacam a cultura, foram lançadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no Amazonas.

A BRS Marabitana é amarelada, enquanto a BRS Saterê é mais vermelha. Os dois tipos de guaraná são as mais novas cultivares lançadas pela Embrapa Amazônia Ocidental, que há 32 anos realiza pesquisas com o fruto.

As novas plantas são mais resistentes à antracnose, doença que atrofia galhos e causa o superbrotamento da planta. De maneira mais severa, a antracnose impede a frutificação. Esta é a principal doença do guaraná.

Por serem mais resistentes, as novas cultivares também produzem mais. Cada planta rende em torno de 1 quilo a 1,5 quilo de sementes secas e, apesar de terem passado por todo um processo de melhoramento genético, os pesquisadores garantem que o sabor não tem diferença.

No momento, o agricultor Fernando Francelino é o único que está investindo nas duas novas cultivares. As mudas estão bem cuidadas e na fase em que estão, precisam ser irrigadas a cada 10 minutos. Assim, vão crescer saudáveis e florescer em cerca de dois anos.

No ano passado foram colhidas em todo o estado 850 toneladas de guaraná, um movimento econômico de cerca de R$ 17 milhões.

O volume deveria ser três vezes maior, mas 40% da área de plantação do Amazonas ainda não está produzindo. São plantios novos de cultivares melhoradas e, por isso, as pesquisas não param.

"A gente está sempre lançando novos modelos dessas culturas para que a gente consiga manter a produtividade e a renda dessas regiões", diz Luís Marcelo, chefe da Embrapa-AM.
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