No município de Cornélio Procópio, no Paraná, os produtores conseguiram manter o controle da lagarta helicoverpa, mas continuam preocupados com o futuro da safra em relação à praga. O governo do Estado ainda não pediu para ser incluído na situação de emergência fitossanitária, ou seja: caso os produtores precisem do benzoato de emamectina mais à frente, não terão acesso ao produto.

A repórter Kellen Severo conversou com o presidente da Aprosoja-PR, José Eduardo Sismeiro, durante o programa Mercado & Cia desta segunda, dia 2. Ele confirmou estar preocupado em relação à possível falta do produto que combate a helicoverpa.
– O benzoato não é a salvação da pátria, mas ele é mais uma arma que a gente tem para poder controlar esta lagarta, que se mostra tão voraz em outros estados.

Sismeiro conta que no momento a praga está sob controle no Paraná, mas a fase de fechamento da planta pode proteger a helicoverpa dos defensivos a que se tem acesso hoje.

– E quando as autoridades decretarem esse estado de emergência fitossanitária, até que isso seja feito, seja importado, esse produto chegue na mão do produtor, a lagarta já engordou e emagreceu o nosso bolso – prevê.

José Sismeiro explica que a intenção da Aprosoja ao solicitar uma atitude do Estado é se precaver caso as plantações sofram um ataque severo da praga no futuro.

– Você não pode colocar a mesma molécula várias vezes na lavoura para não causar resistência. Aí sim o benzoato de emamectina vai nos fazer uma falta danada.

Embora ainda tenha a helicoverpa sob controle, a região de Cornélio Procópio tem sofrido com o capim amargoso, que vem se mostrando resistente ao glifosato. Para isso, Sismeiro conta que a Aprosoja está se munindo de informações técnicas e irá solicitar junto ao governo federal a liberação de um novo produto para combater a praga.