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Gilberto Carvalho pode ser convocado a explicar avanço de indígenas sobre propriedade privada

De Brasília – Vinícius Tavares

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) quer convocar o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, para prestar esclarecimentos na Comissão de Agricultura da Câmara Federal sobre a política indigenista do governo e as invasões de propriedade privada.

De acordo com o presidente da FPA, deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), substituto de Homero Pereira no cargo, não adianta os ministros receberem os deputados para discutir os assuntos porque, na sua avaliação, isso não resolve.

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“O ministro Gilberto Carvalho já esteve aqui nesta comissão. Há duas semanas atrás aprovamos um requerimento para a ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann. Trocamos o requerimento por uma audiência. Audiência não resolve. Tem de ser no pau. Tem de vir aqui debater conosco. Não precisa ser convocação. Pode ser convite. A pessoa tem que vir nesta casa para nós debatermos o assunto. Fica muito cômodo irmos no terreno do adversário para discutir o assunto”, afirmou.

O parlamentar condena as invasões ocorridas no município de Vicente Dutra, no Rio Grande do Sul, onde um grupo de índios incendiou casas, roubou pertences e a polícia não pode fazer nada. Segundo Heinze, um produtor rural teve a terra invadida e agora está obrigado a pagar aos índios para colher a sua produção de trigo.

“Ver o que eu vi na semana passada em Vicente Dutra. Os índios incendiaram as cabanas. A vida da cidade é um pequeno balneário, com 190 casas dos moradores e das pessoas da região. Os índios incendiaram a casa de um advogado. Depredaram casas de outros moradores. Roubaram televisão, geladeira, colchões. Uma senhora com uma criança de colo ficou presa naquele balneário. Ela ficou refém. Invadiram a administração do balneário, roubaram computador, dinheiro. Está tudo na aldeia dos índios. E a Brigada Mililtar não pode fazer nada porque são índios”, ressaltou.

Nesta semana os membros da FPA sairam decepcionados de uma reunião com a ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, por não haver um entendimento entre governo e a classe produtora para colocar fim às demarcações de terras indígenas.
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