De acordo com analistas, as novas estimativas de produção global e nos EUA divulgadas na terça-feira pelo governo norte-americano trouxeram apenas pequenos cortes e mexeram pouco com o mercado.

Ontem, ordens automáticas de compra foram disparadas quando as cotações atingiram os 82 centavos de dólar por libra-peso, acentuando os ganhos. O contrato do algodão com vencimento em março subiu 2,2%, a 82,49 centavos de dólar, o patamar mais alto desde 21 de outubro.

Especialistas alertaram, no entanto, que a demanda deve diminuir significativamente quando os preços se aproximarem de 83 centavos.

O suco de laranja registrou nova alta, de 0,9%, ainda influenciado pelo corte na projeção para a safra da Flórida, que deve ser a menor em 24 anos. Com a redução de estimativa, o mercado deve ficar ainda mais sensível aos fatores que podem afetar a produção. Recentemente, o suco avançou com força depois que investidores adicionaram o chamado "prêmio climático" às cotações, em meio a temores de que geadas atingissem os pomares do Estado.

Na Bolsa de Chicago, o trigo também foi sustentado por fatores técnicos. Os contratos do cereal iniciaram a sessão em baixa, ainda pressionados pela estimativa de estoques maiores nos EUA. Porém, muitos compradores retornaram ao mercado depois que os preços atingiram o nível mais baixo em quase quatro meses.