Os agricultores de Chapadão do Sul, em Mato Grosso do Sul, estão contando com a ajuda de técnicos para monitorar e combater o ataque da lagarta Helicoverpa armígera nas lavouras.

Nos campos verdes da região, as marcas da lagarta estão por toda parte. As folhas graúdas da soja abrem o apetite das lagartas que tiram o sono dos produtores.

O município, que fica no nordeste do estado, identificou a Helicoverpa armígera antes do plantio da soja. Com os testes positivos, a Fundação Chapadão, instituição que dá assistência aos produtores, intensificou o monitoramento das plantações.

Por meio de uma parceria com prefeituras de três cidades da região, a fundação criou a "patrulha da Helicoverpa". Os técnicos fazem visitas semanais às lavouras e avaliam o índice de infestação das mariposas, lagartas e também se há presença de ovos nas folhas da soja. A partir daí, é possível saber se o combate à praga está ou não dando resultado.

Na entrevista, o produtor precisa responder a um questionário que leva em consideração as variedades usadas, a regularidade de aplicações e se houve nova infestação.

Em pouco mais de um mês, o monitoramento percorreu aproximadamente 100 fazendas. O diagnóstico apontou presença da lagarta em quase todas as lavouras da região.

O engenheiro agrônomo Germison Vital é responsável pelo levantamento. Ele explica que o trabalho tem ajudado a controlar a infestação da Helicoverpa nas lavouras. "Se todos os produtores controlarem bem agora nesta primeira fase, teremos menor população para a soja plantada mais tardiamente e com isso devemos manter o equilíbrio", diz.

A patrulha também atende os municípios de Chapadão do Céu e Paraíso das Águas. As prefeituras cedem o veículo e um técnico. A fundação entra com o outro técnico da equipe.