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Notícias / Agronegócio

Praga compromete a produtividade do feijão e o faturamento cai em MG

Globo Rural

  Os produtores de feijão de Minas Gerais vivem um momento difícil. A safra que está no campo foi comprometida pela mosca branca, a produtividade caiu e o faturamento pode ficar abaixo do esperado.

O agricultor Luiz Alexandre Avelar plantou 130 hectares de feijão em Lagoa Formosa, no Alto Paranaíba.

A lavoura de quase 50 dias está sofrendo com o ataque da mosca branca e ele teve que aumentar a quantidade de aplicações de inseticidas. “Meu custo aumentou em torno de R$ 800 a R$ 1 mil. (...) É uma situação muito difícil, minha produtividade deve cair 40%, ou seja, houve aumento de custo e redução da produtividade. A conta, no final, não vai fechar", diz.

Minas Gerais é o segundo maior produtor de feijão da primeira safra, conhecido como feijão das águas. A colheita na região de Lagoa Formosa começa em janeiro.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para esta safra, a área plantada no estado deve ser 5% em relação à safra do ano passado. Além dos riscos da cultura, por conta do clima, e os preços frente ao milho e à soja, outro fator que desanima os produtores é o crescente ataque da mosca branca.

De acordo com o agrônomo Bruno Fernandes, a mosca branca transmite uma doença chamada mosaico dourado, que se instala no feijoeiro e compromete o desenvolvimento da planta.

Elmo José Nascimento, que há mais de 20 anos cultiva feijão também em Lagoa Formosa, conta que há tempos não vivia uma situação como essa. “A situação está mais complicada, nos anos anteriores a base que eu plantava era de 120 hectares. Hoje, eu reduzi isso 30% por causa da mosca branca. Em algumas áreas, a perda é total. O feijão hoje está em torno de R$ 90 a saca de 60 quilos para venda e o custo em torno de R$ 80 a R$ 90. Esse ano o custo de produção vai empatar."
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