Um juiz dos EUA negou um pedido da Louis Dreyfus Commodities para rejeitar uma ação judicial em que a trading é acusada de ter manipulado ilegalmente preços de algodão em 2011. A trading alegava que os autores da ação não forneceram provas suficientes para sustentar suas acusações.

O juiz distrital Andrew Carter disse que as alegações 'são suficientes para se deduzir que os acusados foram capazes de afetar os preços futuros de algodão diretamente'. Uma acusação de enriquecimento ilícito, no entanto, foi rejeitada pelo juiz. Mark Allen, ex-trader de algodão da Glencore Xstrata, entrou com a ação no Tribunal Distrital de Manhattan em junho de 2012. Allen diz que perdeu US$ 57 mil porque a Louis Dreyfus e algumas de suas unidades causaram distorções de preço ao comprar algodão da Bolsa de Nova York (ICE Futures US) e não no mercado à vista, onde o produto era menos caro.

Outros traders entraram com ações parecidas, e os casos foram consolidados em agosto do ano passado. De acordo com a ação, a Louis Dreyfus e outras unidades aceitaram a entrega de um grande volume de algodão da ICE, embora o produto estivesse disponível, a preços mais baixos, no mercado à vista. Os autores da ação alegam que, dessa forma, a trading manteve os preços dos contratos maio e julho em níveis artificialmente altos.

O ano de 2011 foi bastante atípico no comércio de algodão. Os preços alcançaram a máxima de 227 cents por libra-peso em março daquele ano mas caíram com força logo depois, quando tecelagens começaram a cancelar encomendas da fibra. A commodity encerrou o ano perto de 75 cents por libra-peso. Fonte: Dow Jones Newswires.