Imprimir

Notícias / Geral

Funai confirma exploração ilegal de madeira em terras awá-guajá, no Amazonas

Globo Rural

A Força Tarefa que irá retirar os não-índios da reserva awá-guajá, no sudoeste do Maranhão, encontrou provas de exploração ilegal de madeira. As notificações de despejo da área ainda não começaram. 

Um monitoramento feito pelo Inpe revela que cerca de 30% da reserva, o equivalente a 40 mil hectares de Mata Amazônica, foram devastados pondo em risco a sobrevivência dos awá-guajás, uma das últimas tribos nômades da Amazônia e, segundo organismos internacionais, uma das mais ameaçadas do planeta.

Os awá-guajás vivem da coleta de produtos da floresta e da caça. Quando um animal é abatido para o consumo, as mulheres assumem o papel de mães da floresta e criam os filhotes órfãos.

A tribo vive sob ameaça dos invasores. A Funai confirma que a ação dos madeireiros tem espantado a caça e provocado a escassez de alimentos na selva. 

No mesmo processo que obriga a União a barrar o corte de madeira e a extração de minério na terra dos índios, a Justiça Federal determina a saída de fazendeiros e posseiros da reserva indígena.

Tropas do Exército e da Força Nacional de Segurança aguardam a chegada dos oficiais de Justiça para dar apoio à entrega das notificações, mas ainda não há prazo estabelecido para que isso aconteça.

Além de determinar a saída das famílias, a Justiça Federal decidiu anular todos os títulos de domínios concedidos aos não-índios que se encontram na reserva.

Imprimir