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Tradings vendem US$ 1,87 bilhão de produtos mato-grossenses em 2012

Folha do Estado

 As exportações da produção agropecuária de Mato Grosso seguem em alta também via as tradings companies, ou seja, empresas comerciais exportadoras. Permanecendo em 4º lugar, o Estado em 2012, até setembro, enviou por meio das tradings US$ 1,875 bilhão, um volume 1,47% (US$ 27,102 milhões) maior que os US$ 1,848 bilhão do período em 2011.

A quebra das safras dos Estados Unidos, Argentina e no Sul do Brasil permitiram que os embarques de Mato Grosso fossem maiores este ano. O fato fez com que os preços das commodities subissem, permitindo que a participação dos produtos mato-grossenses ampliasse de 8,27% para 10,15% no período.

Apesar dos negócios realizados diretamente com os clientes estrangeiros terem ampliado, o setor produtivo afirma que as tradings seguirão sendo a principal alternativa para intermediação ao menos nos próximos 5 anos enquanto os problemas de logística não são solucionados.

Os números fazem parte do levantamento de Exportação Brasileira das Trading Companies, divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Ao contrário do Estado, o Brasil registrou queda de 17,33% nos embarques via tradings ante 2011. De janeiro a setembro deste ano US$ 18,471 bilhões foram enviados, volume menor que os US$ 22,342 bilhões do ano passado.

O bom resultado de Mato Grosso é creditado à quebra das safras nos Estados Unidos e Argentina, além do Sul do Brasil, que fizeram com que os preços das commodities aumentassem, em especial da soja, que em Mato Grosso chegou a R$ 74 a saca de 60 quilos. “Este fator, somado a alta taxa de câmbio durante a safra, permitiram inclusive que a participação dos envios das tradings mato-grossenses crescessem perante os demais Estados”.

O principal produto enviado foi a soja, segundo o vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja- MT) região Oeste e presidente do Sindicato Rural de Campo Novo dos Parecis, Alex Utida. “Apesar de não haver mais soja nas mãos dos produtores, os envios não devem fechar o ano no negativo, pois o milho ajudará a segurar essa alta. Tivemos uma boa safra do cereal e novos mercados se abriram para nós. O pico de envios é durante a colheita”, comenta.
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