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Notícias / Agricultura

Produtores de cacau de Camarões mobilizam-se contra podridão-parda

Agência Estado

 Milhares de produtores de cacau de Camarões estão participando de uma mobilização de um mês de duração para combater a doença podridão-parda, que ameaça reduzir a colheita do país.

Um surto da doença fúngica, que se desenvolve em clima úmido, começou em novembro e se espalhou durante um período extenso de chuvas nas regiões central e sudoeste, as duas principais áreas produtoras.

Na segunda-feira, produtores de cacau começaram a pulverização de suas propriedades com fungicida, em uma tentativa de se unir em janeiro para eliminar a doença na região central, que respondeu por 40% da safra doméstica de cacau em 2012/13, de 228.911 toneladas.

No entanto, surgiram temores de que a doença não poderá ser totalmente eliminada na região sudoeste, que responde por outros 40% da colheita camaronense, porque os agricultores locais operam em pequenos grupos separados, o que dificulta a realização de uma campanha de pulverização conjunta.

'Nossa meta é acabar com a podridão-parda em toda a região central. Então, nós começamos a combater a doença com os químicos limitados que temos, em vez de esperar o governo, ao passo que a infecção se espalha', disse Alphonse Emmanuel Nguile, vice-presidente de um grupo de mais de 50 mil produtores de cacau e café. A meta é salvar o restante da safra principal de cacau e também proteger a safra intermediária, que deve começar a ser colhida em maio ou junho, salientou Nguile.

A colheita da safra principal no centro do país costuma se estender de setembro a janeiro/fevereiro.

Produtores haviam pedido ao governo que lhes fornecesse fungicidas para combater a doença, mas acabaram comprando os agroquímicos com a receita das vendas dos últimos três meses.

O surto de podridão-parda foi o segundo fato adverso a atingir a produção de cacau de Camarões no ano passado. O clima seco ao longo da temporada já havia danificado plantas no centro, sul e leste do país. Fonte: Dow Jones Newswires.
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