Os agricultores do Paraná estão contentes com a colheita da safra da batata das águas. A produção deve ser maior e a torcida é para que os preços não caiam mais com o aumento da oferta.

As máquinas já começaram a tirar da terra uma safra promissora. O clima ajudou nas lavouras de batata no Paraná e a produtividade até agora supera a média do ano passado.

O produtor Osvaldo Rodrigues Barbosa, de Guarapuava, comemora a colheita de 52 toneladas por hectare, sete a mais do que na safra passada.

Segundo a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, a área total de plantio no estado também cresceu 8% nesta safra, passando de 17 mil hectares. "No ano passado tivemos um ano muito bom para a batata, com os preços relativamente altos, e acabou que o agricultor aumentou a área de plantio", diz José Silva Pinto, agrônomo da Secretaria da Agricultura do estado.

Como resultado, a produção paranaense será cerca de 15% maior do que a do ano anterior e deve passar das 480 mil toneladas.

Essa quantidade maior de produto deve compensar inicialmente o preço pago ao produtor, que este ano está mais baixo.
O preço médio pago pelo produto não selecionado é de R$ 35 a saca. Grandes produtores que têm estrutura para lavagem e seleção conseguem vender por até R$ 50 a saca especial, enquanto o ano passado, o preço chegou a R$ 79.
Os produtores torcem agora para que os preços não caiam ainda mais. "Produção demais não vai ser bom para o produtor no sentido de muita oferta. Já o consumidor vai ter um resultado interessante, o produto vai ficar mais barato”, diz Fernando Ruiz, administrador de uma beneficiadora.

A colheita da batata das águas termina em fevereiro, mas já tem produtor plantando a segunda safra, que deve ter início em maio.