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Notícias / Agronegócio

Associação inicia tapa buracos em rodovias danificadas que prejudicam escoamento da safra

Da Redação - Priscilla Silva

O escoamento da safra de grãos de Mato Grosso enfrenta dificuldades com vias tomadas pelos buracos e elevadas taxas de pedágios. Nesta semana, a associação indígena que administra o pedágio teve que começar a fazer uma “operação tapa buracos” com cascalho e massa asfáltica para tentar amenizar o problema.

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Anualmente, mais de 3,6 milhões de toneladas de grãos, fertilizantes e calcário passaram pela MT-235, entre os municípios de Campo Novo e Sapezal. Para atender a demanda da última safra, por exemplo, passaram pela rodovia cerca de 120 mil caminhões que transportar mais de 5 milhões de toneladas de soja e milho. O número de veículos é considerado “imprescindível para fomentar e escoar a produção da região Oeste de Mato Grosso”, segundo o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro.

Há cinco anos o trecho que liga Campo Novo do Parecis a Sapezal foi pavimentado. São 110 quilômetros de extensão de via que já está complicado para tráfego. Desses, 60 quilômetros passam dentro da Reserva Indígena Utiariti, onde um pedágio de R$ 50 por caminhão e R$ 20 por carro, é cobrado pelos índios, segundo acordo entre o Governo do Estado, Funai e Comunidades Indígenas.
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O presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, ressaltou que a falta de manutenção na rodovia é desrespeitosa com o produtor mato-grossense que todo ano bate recordes de produção e paga caro para escoar os grãos. “Estamos indignados com o desrespeito deste governo com o interior do nosso Estado. Vamos rediscutir o Fethab com a sociedade”.


Outras rodovias

Além da MT-235, a também rodovia estadual 249 está em situação complicada. Entre os municípios Campo Novo do Parecis e Nova Mutum, possui um trecho “intransitável”. Conforme relatou diretor técnico da Aprosoja, Nery Ribas, que esteve na rodovia nesta terça-feira (14). “O trecho entre o chamado Trevo da Libra, entroncamento da MT-249 com a MT-010, até Nova Mutum, há uma parte razoável, mas um trecho de mais ou menos 40 quilômetros está quase intransitável, por conta dos buracos, que só pioram com a chuva constante.”


Safra 2013/2014

A região Oeste foi a primeira a iniciar a colheita da soja, e até a última sexta (10), segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 8% da área já estava colhida e pronta para receber as culturas da segunda safra.

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