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Notícias / Agronegócio

SC tem perdido competitividade na carne devido a falta de milho

Portal do Agronegócio com Assessoria

 O dirigente observa que a insuficiência de milho é uma das razões da perda de competitividade das indústrias de processamento de carnes e, em especial, da avicultura industrial catarinense. De maior produtor e exportador brasileiro de carne de aves, o Estado representa, atualmente, apenas 17,29% da produção nacional e 26,12% das exportações. A liderança pertence, agora, ao Paraná. As agroindústrias catarinenses consomem em média 2,5 milhões toneladas/ano de milho, desse total mais de 50% resultam da importação do Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraguai.

Nesse aspecto, o dirigente espera que seja bem-sucedido o programa do governo estadual destinado a aumentar a produtividade média para 10 toneladas de milho por hectare cultivado. Esse programa pode assegurar a autossuficiência de milho. Santa Catarina importa, anualmente, 2,3 milhões de toneladas de milho do Brasil central, suportando elevados custos de transporte.

Historicamente, o Estado cultiva 600.000 hectares com milho, mas, desses, 100 mil destinam-se à silagem, portanto, não saem da propriedade e são utilizados na nutrição animal. Os 500.000 hectares restantes podem – se o programa for exitoso – gerar cinco milhões de toneladas, portanto, solucionando a insuficiência desse grão para consumo catarinense.

Outra iniciativa para a eliminação do déficit de milho via aumento da produtividade é a utilização de sementes de alta tecnologia, Metade das 220.000 sacas de sementes que a Secretaria da Agricultura disponibilizou pelo programa TROCA-TROCA é de alta produtividade. Para o cultivo dessa semente foi distribuído calcário calcítico.

Outros fatores que afetam a competitividade das cadeias produtivas de grãos, lácteos e carnes são as condições do sistema rodoviário de Santa Catarina, alerta Pedrozo. Com base na pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT, 2012), menciona que 31,7% da malha viária barriga-verde encontra-se em situação ruim ou péssima e 28,1% em situação regular – ou seja, 60% da malha rodoviária não estão em condições ideais.
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