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Notícias / Meio Ambiente

Escoamento e questões sanitárias prejudicam criação de búfalos no AP

Globo Rural

 A criação de búfalos é importante fonte de renda no Amapá. O negócio só não é melhor porque as doenças que afetam os rebanhos limita o escoamento da produção e sua venda para outros estados. Hoje, o consumo é todo feito pelo mercado local.

Os búfalos da raça indiana murrah ocupam 80% das fazendas do estado. Somadas todas as raças, o Amapá tem um rebanho de cerca de 250 mil cabeças.

São animais dóceis, de porte médio, que têm a cabeça pequena e os chifres curtos. “São animais de excelente qualidade, carne macia, palatável, nutritiva, com baixos índices de colesterol, enfim, carne efetivamente de qualidade”, diz o criador Iraçu Colares, presidente da Federação dos Pecuaristas do Amapá.

O negócio começou na década de 70 por meio de um programa de incentivo do Governo Federal. Apesar do Amapá ter um alto potencial para produção e exportação de carne de búfalo, o consumo hoje é todo feito pelo mercado local. Isso porque o Amapá é considerado zona de alto risco para a febre aftosa, conforme a última classificação do Ministério da Agricultura. Para vencer esta barreira, é preciso investir no controle das doenças que mais afetam o rebanho.

Apesar dos gastos com vacinas, o custo de produção não é muito alto. Em geral, os animais são criados soltos no pasto e se alimentam de capins e plantas do cerrado.

Hoje, o quilo da carne é vendido por R$ 3. O valor é considerado baixo pelos criadores, que dizem que quem lucra são os matadouros, intermediários que revendem o animal já abatido para os açougues. Além do preço, outro desafio é vencer a falta de infraestrutura, como a dificuldade de acesso à energia elétrica nas fazendas e as estradas ruins.
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