Centenas de produtores das províncias do sudoeste da Tailândia se dirigiram ao Ministério do Comércio do país para exigir o pagamento pelo arroz que venderam ao governo dentro do programa de subsídios ao cereal da primeira-ministra Yingluck Shinawatra. Alguns produtores passaram a noite no complexo do ministério e ameaçaram reunir mais manifestantes para cercar o local pelos próximos três dias se não receberem o pagamento.

Muitos agricultores disseram que o pagamento está atrasado há meses. O crescente descontentamento ameaça minar a base de apoio de longa data de Yingluck em um momento em que seus adversários têm pressionado para tirá-la do cargo, após meses de protestos na capital. Somkid Yimyam, de 55 anos, da província de Phetchaburi, disse que o governo lhe deve 350 mil bahts (US$ 10,7 mil) pelo arroz comercializado há quatro meses. 'Eu não tenho dinheiro. Não tenho nada para comer exceto os legumes minha família cultiva em torno da nossa casa', afirmou.

O governo de Yingluck tem comprado arroz de agricultores locais a preços acima dos praticados no mercado desde outubro de 2011 para aumentar a renda na Tailândia rural. Mas a política deixou o governo com cerca de 18 milhões de toneladas de arroz - quase o dobro dos embarques em um ano normal - e cerca de US$ 20 bilhões a pagar.

Manifestantes da oposição tentavam na quinta-feira para persuadir os agricultores a desistir do apoio ao governo. Um porta-voz do movimento de protestos disse que um grupo se reuniria na principal área financeira da capital na sexta-feira para angariar fundos para apoiar as manifestações dos agricultores. Fonte: Dow Jones Newswires.