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Notícias / Agronegócio

Estiagem compromete os pomares de maçã de Santa Catarina

Globo Rural

A safra da maçã, em Santa Catarina, sofre os efeitos do calor e da estiagem. Parte da produção está comprometida e quatro municípios que vivem do cultivo da fruta decretaram situação de emergência.

A fruta não conseguiu a maturação desejada por causa do clima incomum para esta época do ano na Serra catarinense. Nos dias mais quentes, os termômetros registraram 32º C em Urupema, temperatura bastante elevada para a região. Com isso, a fruta não cresceu e ficou queimada.

As maçãs estão machucadas e desidratadas, alguns pés foram perdidos. A variedade gala teve a perda mais acentuada. Já nas plantas da variedade fuji, a esperança é maior porque a colheita começa no fim de fevereiro e, com a volta da chuva, algumas frutas ainda podem se recuperar.

A expectativa era que a colheita chegasse a 625 mil toneladas, mas agora esse número não passa de 500 mil toneladas. De acordo com a Associação dos Produtores de Maçã de Santa Catarina, o prejuízo, nesta safra, pode chegar aos R$ 100 milhões.

Renato Andrade pretendia colher 650 toneladas da fruta, mas já está conformado que a perda vai ser grande, no mínimo, 200 toneladas a menos. “Mais de 30 anos que eu trabalho com maçã e nunca aconteceu de o pomar sentir seca. O custo vai ser bem mais alto e a qualidade do fruto bem inferior do que costumamos produzir”, diz.

Cerca de 25 mil pessoas trabalham na cadeia produtiva da maçã, por isso, as prefeituras de Bom Retiro, Rio Rufino, Urubici e Urupema, que dependem da economia gerada pela cultura, decretaram situação de emergência. A medida deve agilizar as ações de ajuda aos agricultores.
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