As chuvas dos últimos dias no Paraná, que trouxeram alívio a produtores de soja e milho de várias regiões do Estado, não são motivo de comemoração para os exportadores. Isso porque o clima úmido já afeta as operações para carregar navios graneleiros no Porto de Paranaguá.

O Corredor de Exportação, que vinha embarcando, em média, 60 mil toneladas de grãos por dia durante o período de seca, não efetuou nenhum embarque no último fim de semana por causa das precipitações, segundo a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).

Na sexta-feira, 14, a paralisação em razão das chuvas durou 22 horas, permitindo o carregamento de apenas 7,5 mil toneladas, informou a entidade em nota. Mas as interrupções ainda não geram prejuízos financeiros porque os contratos de navios graneleiros contêm cláusulas que os isentam da cobrança de sobretaxas por determinado período em casos de greve ou adversidade climática.

De 1º de janeiro até 17 de fevereiro de 2014, foram oito dias de chuvas em Paranaguá. Neste período, o porto embarcou ao exterior 622,8 mil toneladas de soja, um volume 167,1% superior ao registrado no mesmo intervalo de 2013. De acordo com a Appa, quatro navios entraram nesta segunda-feira, 17, no line-up para atracar e carregar mercadorias em Paranaguá. Outras 40 embarcações aguardam na fila para contratar cargas. 'A Appa tem trabalhado no ordenamento dos caminhões para receber as cargas e formar os lotes de exportação, e neste caso independem da chuva', explicou a administração.