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Notícias / Agricultura

Produtores de arroz do Sul do país planejam a comercialização da safra

Globo Rural

 Os produtores de arroz do Rio Grande do Sul começam a se preparar para vender a safra. O preço do grão, por volta de R$ 35 por saca, é considerado bom.

As máquinas de Valcemir Moro só param quando anoitece. A colheita do arroz acabou de começar na propriedade que fica no município de Santa Maria, região central do estado, e ele já planeja a comercialização da safra. "Vou vender parcelado para tentar uma boa média de preço", conta.

A previsão do setor é que o preço da saca varie entre R$ 30 e R$ 38 ao longo do ano. Em relação à última safra, o preço no início da colheita está 7% maior porque a produtividade, apesar de boa, não deve resultar em uma supersafra.

“A tendência, pelo que a gente está vendo no mercado, é o preço ser bom esse ano. A gente não tem pressão de estoque de passagem e a safra não vai ser muito grande, vai ser uma safra normal, então a tendência é o preço estabilizar, ser mais estável, com poucas quedas, mesmo agora na colheita”, explica Glênio Picada, engenheiro agrônomo do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

Dos 12 milhões de toneladas de arroz produzidos no país, 8 milhões são cultivados no Rio Grande do Sul. A colheita no estado segue até maio.

O que pode dificultar a comercialização com bons preços é a falta de locais para armazenamento nas propriedades. Em todo o estado, 70% dos produtores de arroz não possuem silos para o armazenamento dos grãos. A colheita, normalmente, é entregue à indústria, o que diminui o poder de negociação na hora da venda.
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