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Norte e Oeste de Mato Grosso têm colheita mais castigada pelo excesso de chuvas

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

As chuvas concentradas nestas últimas semanas de fevereiro, juntamente ao grande volume de soja pronta para colheita nesta época em Mato Grosso, estão causando preocupação e prejuízos aos produtores do Estado.

De acordo com informações da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), as regiões mais afetadas pelo alto índice de precipitações são o Norte e o Oeste do Estado.

Segundo relatos dos produtores, informa a associação, a soja avariada está em 10 a 15%, sendo que o permitido pelas receptoras é de até 8%. Já a umidade da soja colhida está em 20 a 25%, com o permitido até 14%. A diferença entre essas porcentagens é descontada do produtor.

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Nas regiões Sul e Leste há o registro de dificuldade em colher e, caso a chuva continue após a semana que vem, haverá perdas.

O diretor técnico da Aprosoja, Nery Ribas, explica que mais de 45% da área foi semeada em um período de 15 dias, por conta de falta de umidade no plantio, atingindo a maturação em meados de fevereiro a início de março.

O atraso na colheita atrasa em consequência o plantio da segunda safra, que está perto de perder a janela climática ideal. Além dos prejuízos com a soja, o produtor que não consegue colher e plantar no tempo certo se arrisca a ter perdas de produtividade na safrinha.

Outros problemas apontados pela Aprosoja são a logística e o armazenamento. Quando a chuva dá uma trégua, os trabalhos são intensificados, causando afogamento do transporte das cargas e armazenamento.
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