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Deputado aciona MPF e questiona governo sobre patrocínio em evento do MST em Brasília

De Brasília - Vinícius Tavares

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) decidiu apoiar a iniciativa do deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) de entrar com uma ação no Ministério Público Federal questionando o repasse de recursos públicos para o Sexto Congresso Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

No encerramento do evento, realizado em 12 de fevereiro, cerca de 1,5 mil sem terras promoveram uma marcha na esplanada dos ministérios, em Brasília, que terminou com 32 feridos, entre eles, 30 policiais. Na ocasião, os manifestantes ameaçaram invadir o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto e foram contidos pela PM.

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Reportagem do Jornal o Estado de São Paulo revelou que o evento contou com patrocínio de empresas públicas. A Caixa e o BNDES fecharam contratos sem licitação no valor de R$ 200 e R$ 350 mil respectivamente com entidade ligada ao MST. Já o Incra aplicou R$ 448 mil para montagem de estrutura do evento que ocorreu dentro do sexto congresso nacional do movimento dos trabalhadores sem terra.

Para o deputado Jerônimo Goergen, já há elementos mais do que suficientes para comprovar o auxílio do governo ao MST.

“Está comprovado que o governo federal bancou a marcha do MST até Brasília. A Caixa Federal e BNDES deram 550 mil reais. Agora ficou comprovado que o Incra e o MDA deram mais 448 mil reais. O MST tem uma finalidade que não é de interesse do governo, aliás afrontou o governo e feriu policiais. Acho que não foi uma marcha pacífica”, pondera.

Além da ação no MPF, a FPA aprovou a convocação do ministro da Secretaria Geral de Governo, Gilberto Carvalho, responsável pela articulação entre o Palácio do Planalto e os movimentos sociais.

Goergen já protocolou ofício solicitando a realização de audiência públicas na Comissão de Agricultura da Câmara para ouvir os presidentes do BNDES, Luciano Coutinho, e da Caixa, Jorge Hereda.
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