Notícias / Economia
Etanol aumenta e deixa de ser vantajoso em Ribeirão Preto
Folha de São Paulo
Valor subiu R$ 0,10 nesta semana; litro é encontrado nos postos de Ribeirão a R$ 2,199; gasolina custa R$ 2,999.
O preço do litro do etanol nos postos de combustíveis de Ribeirão Preto subiu R$ 0,10 nesta semana e colocou o álcool num patamar em que passa a não ser vantajoso como alternativa à gasolina.
Ontem, o litro do etanol estava custando em média R$ 2,199 nos postos de bandeira (marca) de Ribeirão Preto, o que equivale a 73% do preço da gasolina, encontrado nos revendedores a R$ 2,999.
Para compensar ao consumidor, o álcool precisa custar, no máximo, 70% do valor da gasolina. Isso porque o combustível tem menor rendimento e percorre menos quilômetros por litro.
A possibilidade do aumento do etanol foi antecipado pela Folha na edição do último dia 12, com base na análise da alta dos preços praticados pelas usinas.
O valor cobrado pelos usineiros no Estado de São Paulo subiu R$ 0,13 por litro neste mês, até o dia 22, de acordo com dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq-USP.
Segundo Oswaldo Manaia, presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo) na região de Ribeirão Preto, em fevereiro as distribuidoras aumentaram o preço do litro do etanol em R$ 0,20.
ENTRESSAFRA
O aumento, segundo Manaia, é resultado da alta do preço do etanol nas usinas, que estão no período da entressafra, o que reduz a oferta de etanol, pois elas trabalham apenas com o estoque da safra 2013/2014.
"Assim que as usinas começarem a moer novamente a cana-de-açúcar, os preços dos combustíveis devem cair" afirmou Manaia.
Neste ano, a moagem da cana nas usinas da região centro-sul do país deve ser iniciada na maioria das unidades em março, um mês antes do período tradicional.
Isso ocorrerá por causa da sobra de lavouras da safra anterior, estimada em 10 milhões de toneladas pelo setor.
O presidente estadual do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia, afirmou que a elevação dos preços do etanol é esperada em todo o Estado, com a redução dos estoques das distribuidoras.
"Dependendo da região o aumento pode chegar mais ou menos rápido", disse.
Gouveia afirmou que o fato de o governo federal segurar as altas no preço da gasolina por meio da política de importações da Petrobras tem prejudicado os usineiros, que não conseguem repassar os custos de produção.
O preço da gasolina funciona como teto para o valor do etanol. "O usineiro está espremido. Qualquer espaço ele sobe os preços."
A alta do etanol, no entanto, está dentro do patamar observado na entressafra de anos anteriores, segundo Manaia. "No ano passado chegamos a R$ 2,29." As usinas alegam alta do consumo.
DEMANDA FORÇA PREÇO
A Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) informou que, apesar de os estoques de etanol em fevereiro estarem 10% acima do observado no mesmo período do ano passado, a "demanda pelo consumidor tem sido ainda maior, forçando a alta nos preços".
A elevação do preço ao consumidor ocorre apesar do recorde na safra 2013/14, que colheu 650 milhões de toneladas, 11% mais que na safra anterior.
O preço mais alto, de acordo com a entidade que congrega usinas do centro-sul do país, é sazonal e ocorre por causa do período de entressafra.
O preço do litro do etanol nos postos de combustíveis de Ribeirão Preto subiu R$ 0,10 nesta semana e colocou o álcool num patamar em que passa a não ser vantajoso como alternativa à gasolina.
Ontem, o litro do etanol estava custando em média R$ 2,199 nos postos de bandeira (marca) de Ribeirão Preto, o que equivale a 73% do preço da gasolina, encontrado nos revendedores a R$ 2,999.
Para compensar ao consumidor, o álcool precisa custar, no máximo, 70% do valor da gasolina. Isso porque o combustível tem menor rendimento e percorre menos quilômetros por litro.
A possibilidade do aumento do etanol foi antecipado pela Folha na edição do último dia 12, com base na análise da alta dos preços praticados pelas usinas.
O valor cobrado pelos usineiros no Estado de São Paulo subiu R$ 0,13 por litro neste mês, até o dia 22, de acordo com dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq-USP.
Segundo Oswaldo Manaia, presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo) na região de Ribeirão Preto, em fevereiro as distribuidoras aumentaram o preço do litro do etanol em R$ 0,20.
ENTRESSAFRA
O aumento, segundo Manaia, é resultado da alta do preço do etanol nas usinas, que estão no período da entressafra, o que reduz a oferta de etanol, pois elas trabalham apenas com o estoque da safra 2013/2014.
"Assim que as usinas começarem a moer novamente a cana-de-açúcar, os preços dos combustíveis devem cair" afirmou Manaia.
Neste ano, a moagem da cana nas usinas da região centro-sul do país deve ser iniciada na maioria das unidades em março, um mês antes do período tradicional.
Isso ocorrerá por causa da sobra de lavouras da safra anterior, estimada em 10 milhões de toneladas pelo setor.
O presidente estadual do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia, afirmou que a elevação dos preços do etanol é esperada em todo o Estado, com a redução dos estoques das distribuidoras.
"Dependendo da região o aumento pode chegar mais ou menos rápido", disse.
Gouveia afirmou que o fato de o governo federal segurar as altas no preço da gasolina por meio da política de importações da Petrobras tem prejudicado os usineiros, que não conseguem repassar os custos de produção.
O preço da gasolina funciona como teto para o valor do etanol. "O usineiro está espremido. Qualquer espaço ele sobe os preços."
A alta do etanol, no entanto, está dentro do patamar observado na entressafra de anos anteriores, segundo Manaia. "No ano passado chegamos a R$ 2,29." As usinas alegam alta do consumo.
DEMANDA FORÇA PREÇO
A Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) informou que, apesar de os estoques de etanol em fevereiro estarem 10% acima do observado no mesmo período do ano passado, a "demanda pelo consumidor tem sido ainda maior, forçando a alta nos preços".
A elevação do preço ao consumidor ocorre apesar do recorde na safra 2013/14, que colheu 650 milhões de toneladas, 11% mais que na safra anterior.
O preço mais alto, de acordo com a entidade que congrega usinas do centro-sul do país, é sazonal e ocorre por causa do período de entressafra.