Em São Paulo, os produtores de borracha estão aliviados. A chuva voltou e a produção promete ser boa.
Clima fresco e terra encharcada. O cenário não seria propício para a sangria das árvores, mas este ano os produtores não reclamam. A chuva está sendo muito bem vinda.

A falta de chuva em janeiro e fevereiro deixou os produtores do noroeste paulista bem desanimados. Em grande parte dos seringais da região, a produção de látex caiu de 10 a 15%, em relação ao mesmo período do passado.

A situação começou a melhorar depois da segunda quinzena de fevereiro, quando, finalmente veio a chuva típica do verão. O agrônomo Wander Bassan explica que a produção do látex está diretamente ligada a umidade do solo.
“Essa água vai ser absorvida pelas raízes e a planta vai usar a água como diluente para transportar os nutrientes dela para a planta, e consequentemente para produzir látex. Se não tiver água no solo, as raízes não têm de onde tirar a água e consequentemente não vai ter tanto látex assim”, diz.

As indústrias estão pagando até R$ 2,50 pelo quilo do coágulo, 10 centavos a menos que no mesmo período do ano passado, porque o mercado internacional está abastecido.

Antonino Ferreira Junior tem seis mil pés de seringueira, em Sebastianópolis do Sul. Apesar da queda no preço, ele está satisfeito com a atividade este ano. “A segunda quinzena de fevereiro já começo muito boa com relação à chuva e já começou a entrar março da mesma forma. Acreditamos que agora, com a constância da chuva, a produção aumente um pouco. A gente estava com uma média de 600 gramas por planta e agora está em torno de 800 gramas por planta”, comenta.

A estimativa da Associação Paulista de Produtores é que haja este ano, em todo o Brasil, um aumento de 1,6% em relação à safra passada.