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Sul do Pará desponta como nova fronteira agrícola no plantio da soja

Globo Rural

 A soja está ganhando espaço no sul do Pará. Áreas que sempre tiveram a pecuária como principal atividade econômica, agora despontam como nova fronteira agrícola. Em Santana do Araguaia, por exemplo, boa parte do que antes era pasto, agora virou plantação, segundo o Sindicato Rural do município.

A atividade começou a se destacar com a chegada de produtores de outras regiões do país. O agricultor Jucelito Krug veio de Mato Grosso do Sul e diz que está valendo a pena. “A gente encontrou clima, terra e uma logística muito boa para produzir grãos aqui”, conta.

O sucesso no plantio da soja também está atraindo os pecuaristas da região. Iavé Araújo pecuarista há 15 anos no município, dono de 10 mil cabeças de gado, hoje concilia a atividade com a plantação de soja. Ele tem 3 mil hectares plantados.

Segundo o Sindicato Rural de Santana do Araguaia, a agricultura ocupa hoje 60 mil hectares do território do município, 30% a mais na comparação com a safra passada.

Com a expansão acontecendo de forma muito rápida, os problemas já começam a aparecer. A previsão é que, no total, sejam produzidas mais de 2 milhões de sacas de soja em Santana do Araguaia, mas os dois armazéns da região têm capacidade para estocar apenas 150 mil sacas.

Edenilson Bocchi veio do Paraná há cinco anos e hoje é presidente do Sindicato dos Agricultores. Segundo ele, os desafios ainda são grandes para garantir o escoamento da produção de grãos no sul do Pará. “Infelizmente, hoje no Brasil nós temos o sistema mais caro, que é o rodoviário, então esse custo dá diferença de valores em rendimento e melhores salários. Isso reflete diretamente no bolso dos municípios”, explica.

A Secretaria de Agricultura do Pará informa que os bancos da região têm linhas de crédito disponíveis para quem quiser construir armazéns.

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