Foi o primeiro ajuste do mês e das últimas três semanas. Também pela primeira vez em 2014 é superado (ainda que por margem mínima – 2%) o valor de abertura do ano.

À primeira vista estranha devido à época do mês (segunda quinzena), essa valorização já vinha sendo prevista e está atrelada, muito mais, à normalização e/ou expansão de operações de abatedouros avícolas, do que, propriamente, a um aumento de demanda.

Em outras palavras, ainda que paulatinamente, o mercado independente vem recebendo cada vez menos aves vivas provenientes da produção integrada. E se o excesso delas ocasionou, há pouco mais de 30 dias, o retrocesso dos preços ao menor patamar dos últimos 7,5 meses, agora sua ausência deve permitir melhor ajuste do preço pago ao atual (e crescente) custo de produção.

Sob esse aspecto, o mercado já conta com novo e imediato reajuste. O que, ocorrendo, fará com que pela primeira vez desde novembro do ano passado a cotação do frango vivo volte a superar o valor alcançado um ano antes.

Isso, porém, ainda não significa que o frango vivo esteja experimentando valorização em relação a 2013. Pois o “ganho” atual decorre apenas da forte desvalorização experimentada pelo produto no primeiro semestre do ano passado. Ou seja: por ora, decorridos os primeiros 78 dias de 2014, o frango vivo permanece com um preço médio 1,96% menor que o do mesmo período do ano passado. E, no mês, o preço médio se encontra 7% aquém da média registrada em março de 2013.