A colheita da batata das águas está terminando no sul de Minas Gerais. A produção foi menor este ano e o preço disparou.

Uma lavoura de 25 hectares, no município de Ipuiúna, sul de Minas, é uma das poucas onde ainda há colheita. O tempo seco e a falta de chuva prejudicaram o desenvolvimento do tubérculo.

Em ano de chuvas regulares, o produtor Regivan de Melo conseguia colher 800 sacas de 50 quilos por hectare. Desta vez, como o clima não ajudou, a produtividade caiu. Agora, cada hectare rende, no máximo, 500 sacas.
De acordo com a Associação dos Bataticultores de Ipuiúna, a queda na produção do município chega a 40% nesta safra das águas.

Com a colheita quase no fim, o movimento nas beneficiadoras diminuiu e quem ainda tem batata para vender, pode esperar preços ainda mais altos, mesmo que o tamanho e a aparência não sejam os ideais. “Devido a estiagem vai abrir uma janela de falta de batata em abril e maio e o produtor pode receber até R$ 120 ou mais pela saca de batata”, explica Rodolfo Vilhena Franco, secretário da Associação dos Bataticultores de Ipuiúna e região.
Minas Gerais é o principal produtor de batata do Brasil, responde por 35% da safra.