A colheita da azeitona está entrando na reta final no Rio Grande do Sul. Em um ano, a área plantada no estado dobrou e a produção deve seguir no mesmo ritmo.

A máquina que sacode os galhos facilita a colheita. Em uma propriedade em Cachoeira do Sul, região central do estado, há 25 hectares plantados com oliveiras.

Depois de quatro anos de bons resultados, a família Aued vai investir em uma outra área. As mudas de oliveiras devem ser plantadas ainda este ano. “Nós já dobramos nossa área inicial e agora pretendemos plantar mais alguma coisa em torno de 100 ou 120 hectares”, diz Daniel Aued.

E não é apenas a família de Cachoeira do Sul que está de olho no crescimento desse mercado. A área de cultivo em todo o estado dobrou do ano passado para cá e hoje já são mais de 1,1 mil hectares plantados.

A estimativa da colheita também é reflexo desse aumento. Nesta safra, devem ser colhidos 350 mil quilos do fruto, sete vezes mais que no ano passado.

Depois de ser colhida, a azeitona começa a ser processada. O óleo extraído é decantado e filtrado antes de ir para as garrafas. “Existe um mercado totalmente aberto para o azeite. O Brasil importa 100% deste produto, ele faz bem à saúde e apresenta uma rentabilidade interessante. A renda líquida chega a aproximadamente R$ 20 mil por hectare, então é um bom atrativo para os investidores”, explica Enilton Coutinho, agrônomo da Empresa Brasileira de Pesquisa e Extensão Agropecuária (Embrapa).