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Soja tem mais um dia de lucros na Bolsa de Chicago

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 Os futuros da oleaginosa seguem para os menores preços em uma semana, onde o vencimento julho chegou a bater, no pior momento do pregão eletrônico, bateu nos US$ 14,65 por bushel, com o mais baixo patamar desde abril. Por volta das 8h30 (horário de Brasília), o primeiro vencimento, maio/14,

Segundo analistas, abril é um mês de intensa volatilidade para os preços da soja no cenário internacional, uma vez os negócios são expressivamente impactados pela atuação dos fundos de investimentos e de boatos que chegam ao mercado, intensificando a "briga" entre aqueles que possuem posições compradas ou vendidas.

Segundo informações da agência internacional Bloomberg, a consultoria alemã Oil World acredita em um ritmo mais lento das compras da China em função dos altos estoques já existentes no país.

Já há relatórios que indicam que a nação asiática deve leiloar cerca de 3 milhões de toneladas de suas reservas da oleaginosa, o que também acaba sendo uma informação negativa para o mercado, segundo analistas ouvidos pela Bloomberg.

Entretanto, nada muda entre os fundamentos. A escassez de soja nos Estados Unidos ainda força os preços a se manterem elevados como forma de tentar conter a demanda mundial pela soja, principalmente dos EUA, que continua aquecida.

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

Chicago: soja tem dia de realização de lucros e fecha no vermelho

Na sessão desta terça-feira (22), a soja registrou uma sessão de intensa volatilidade na Bolsa de Chicago e os negócios fecharam em campo negativo. Os vencimentos mais próximos terminaram o dia perdendo entre 7,75 e 19 pontos, com o julho, o contrato mais negociado nesse momento, cotado a US$ 14,70 por bushel. O maio também perdeu o patamar dos US$ 15,00.

De acordo com o consultor de mercado Ênio Fernandes, esse movimentação intensa e mais expressiva dos preços deve continuar permeando as operações no quadro internacional até o vencimento do contrato maio, no próximo dia 15. "Há uma briga entre os fundos comprados e vendidos. Cada um deles jogará seus boatos no mercado com foco em sua realização de lucros".

O mercado internacional, nas últimas semanas, subiu expressivamente, chegou a superar os US$ 15,30 por bushel para o primeiro vencimento, porém, não se consolidou acima desse patamar e passa agora por movimentos de correção técnica. Essa intensa volatilidade já vinha sendo antecipada por analistas e consultores de mercado para esse mês de abril, já que é um comportamento tradicional dos preços nesse período. Dessa forma, Fernandes acredita que a primeira posição em Chicago deva continuar oscilando em um intervalo entre US$ 14,50 e US$ 15,50 por bushel até que se encerrem suas negociações.

Abril é um mês de intensa participação dos financeiros e fundos de investimentos nos mercados de commodities, principalmente na soja negociada na Bolsa de Chicago, e a movimentação desses participantes acentuam as oscilações, sejam positivas ou negativas, no entanto, não mudam a tendência do mercado, ainda de acordo com os analistas, já que os fundamentos permanecem inalterados. Nesta terça-feira, correram boatos no mercado de que grandes bancos internacionais, como o Barclays, estariam deixando suas posições entre as commodities, o que também serviu para pressionar as cotações da oleaginosa. Além disso, há notícias ainda dando conta de que foram vendidos 6 navios de soja brasileira para indústrias americanas, o que contribuiu para o cenário negativo momentâneo para os preços da soja na CBOT.
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