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Ampa vai à Austrália observar cotonicultura e reforça necessidade de áreas de refúgio em MT

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

A Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) organizou neste mês de abril viagem à Austrália para observar a cotonicultura daquele país e as táticas de sucesso adotadas. De volta, uma das lições trazidas na bagagem é que o produtor mato-grossense precisa estar cada vez mais consciente da importância de plantar áreas de refúgio.

O presidente da Ampa, Milton Garbúgio, afirma que o foco principal da viagem foi ver como os australianos lidam com as novas tecnologias de forma a preservá-las.

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De acordo com a Ampa, as variedades de algodoeiro geneticamente modificadas – Bt ou Bollgard 2 – são utilizadas em quase toda a área de cotonicultura na Austrália e são resistentes a diversas lagartas.

"Em Mato Grosso, estamos começando a utilizar a tecnologia Bollgard 2 e foi importante constatar a eficiência do trabalho de conscientização dos agricultores feito pelas entidades australianas. A tecnologia Bt funciona bem exatamente por causa do nível de consciência dos produtores", comenta Garbugio.

O vice-presidente da Ampa e presidente do Instituto Algodão Social (IAS), Gustavo Piccoli, destaca que os agricultores australianos seguem à risca as determinações, o que faz toda a diferença no controle de pragas e na manutenção das novas tecnologias.

O Manejo Integrado de Pragas e a utilização de ferramentas de controle biológico também foram enfatizados pelo grupo como necessidades a serem incorporadas pelos agricultores brasileiros em nome da sustentabilidade da produção.

De maneira geral, a organização da cadeia australiana do algodão e a união dos cotonicultores foram destacadas como pontos bastante positivos da cultura de algodão na Austrália, onde um trabalho de prevenção é realizado com esforços de todos os elos, o que evita os trabalhos de combate a pragas e outros problemas maiores.
Liderado pelo presidente Milton Garbugio, o grupo foi composto por diretores de núcleos regionais da Ampa e por consultores do IMAmt.

Segundo informa a Ampa, a comitiva mato-grossense foi recepcionada na Austrália pela pesquisadora Sharon Downes (entomologista do CSIRO - The Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation – uma espécie de Embrapa australiana), por Adam Kay da Cotton Australia e por representantes da Cotton Seed Distributors e da Agbitech, e visitou lavouras de algodão da região do vale de Namoi (Narrabri), Macintyre (Moree) e Darling Downes (Dalby).

Em março de 2013 pesquisadores da Ampa já haviam realizado visita à Austrália para estudar técnicas e analisar o modelo australiano de produção.
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