O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou a lista das 13 vinícolas do Rio Grande do Sul que foram autuadas por suspeitas de alteração do conteúdo com natamicina, substância usada como conservante cuja utilização é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Foram recolhidos lotes das marcas Casa Gilioli, Casa Gilioli Seleção, Casa Motter, Bela Itália, Del Tchodo, Bortolini, Quinta Estação, Cave Titton, Bampi, Forqueta, Muraro, Adega Forqueta, Don Victor Emanuel, Santini, Capelleti, Santa Teresa de Calcuta, Santa Teresa de Ávila, San Francisco, Don Silvestri, Del Prado PIO XII.

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Segundo o Mapa, a natamicina era utilizada por ser um produto barato e eficiente para matar germes e bactérias, mas que pode gerar resistência a outros remédios se ingerida com frequência.

Amostras foram coletadas em 2013 pelo Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Sipov) do Ministério da Agricultura. As empresas autuadas poderão ser fechadas se reincidirem na adulteração.

O diretor-executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Raimundo Paviani, lamentou o ocorrido e disse que a fraude prejudica a imagem do vinho gaúcho.

"Esperamos que o problema seja solucionado em breve e que as empresas que estão atuando irregularmente sejam autuadas e pelo ministério e interrompam imediatamente para não acarretar uma imagem ruim para todo o setor vitivinícola", reafirmou nesta terça-feira, em Brasília, durante reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária para discutir a inclusão de vinícolas no Supersimples.