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Soja: Chicago aguarda relatório do USDA e tem pouca variação

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 Os preços da soja negociada no pregão noturno desta sexta-feira(09) em Chicago registram pouca oscilação com operadores esperando os números do relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que deve ser divulgado às 13h (Brasília). O relatório de maio apontará as primeiras estimativas para a nova safra nos EUA. Analistas consultados por agências internacionais esperam que o número para os estoques finais americanos fique próximo de 8,15 milhões toneladas na temporada 2014/15. Mas para que esse volume de estoque interno se confirme é preciso uma produção acima de 96 milhões de toneladas na safra 2014/15.

Para 2013/14, o USDA projetou em abril estoque final de 3,67 milhões de toneladas. O mercado aposta em nova redução para 3,59 milhões de toneladas.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial, o mercado aposta também em números melhores. Para 2014/15, o volume de soja em estoque no final da safra poderia subir para 80,9 milhões de toneladas. No relatório de abril com os números da última temporada (2013/14), o USDA indicou estoques de 69,4 milhões toneladas no mundo e o mercado espera que a previsão seja reduzida para 68,7 milhões de toneladas.

A expectativa é que o Departamento reduza a previsão de safra do Brasil em 2013/14, passando de 87,5 milhões para 87,3 milhões de toneladas. A safra da Argentina deverá ser elevada de 54 milhões para 54,4 milhões, segundo estimativa de mercado.

Por volta das 8h10 (Brasília) os contratos para Julho/2014 operavam com ligeira alta de 0,50 pontos cotados a US$14,70/bushel , Agosto/2014 sinalizava alta de 0,50 ponto negociado a US$14,07/bushel e o vencimento Novembro/2014 trabalhava a US$12,26 com alta de 2,25 pontos.

Diante da expectativa de elevação significativa nos estoques tanto nos EUA quanto no mundo, operadores ficam na defensiva a espera das confirmações oficiais do Departamento.

Confira o fechamento desta quinta-feira (08)

As cotações futuras da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a subir no pregão desta quinta-feira (8). Os preços exibiram altas expressivas, após três sessões em queda. As principais posições da commodity registraram altas entre 8,25 e 23,25 pontos. O contrato julho/14 fechou o dia cotado a US$ 14,69 por bushel.

Frente aos fundamentos já conhecidos pelo mercado, a confirmação de que a China retornou às compras, foi o principal fator que impulsionou as cotações da oleaginosa, segundo explica o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze. Nesta quinta-feira, a Administração Geral das Alfândegas no país informou que as importações da soja totalizaram 6,5 milhões de toneladas somente no mês de abril. O volume é superior ao registrado no mês de março, de 4,6 milhões de toneladas.

Ainda de acordo com a administração, nos primeiros quatro meses do ano, os embarques de soja para a nação asiática aumentaram cerca de 41%, em comparação com o mesmo período do ano passado, somando 22 milhões de toneladas. No último pregão, os rumores de uma possível redução na demanda chinesa contribuíram para pressionar os futuros da commodity em Chicago.

“No último mês, tanto no mercado brasileiro como no internacional havia rumores de que os chineses importariam menos e que a economia do país estava desacelerando. E os dados mostram que estão trabalhando de maneira calma, crescendo e não estão cancelando os contratos. A demanda interna no país segue muito forte e ninguém está observando o plantio da safra na China, que em algumas partes sofrem com a falta de chuvas”, destaca o consultor.

Os números das vendas para exportação dos EUA também ajudaram para alavancar os preços da oleaginosa, na visão do consultor. Para a safra 2013/14, o USDA(Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou as vendas até dia 1º de maio em 40,8 mil toneladas, na semana anterior, o número ficou negativo em 16,4 mil toneladas.

Já as vendas referentes à safra 2014/15, somaram no mesmo período, 14,2 mil toneladas. O percentual está bem abaixo do relatado anteriormente pelo órgão, de 79,9 milhões de toneladas. No acumulado do ano safra, com início em 1º de setembro, as exportações de soja dos EUA totalizam 44.634,1 milhões de toneladas, frente as 43 milhões de toneladas estimadas pelo departamento.

“Essas informações também foram positivas para o mercado, pois na situação em que estavam vendendo a mais do que a projeção do USDA, o mercado esperava que os números das exportações da safra 2014/15 viessem próximos de zero. Volume projetado, de 40,8 mil toneladas, não é grande, mas aperta ainda mais o cenário norte-americano”, explica Brandalizze.

Com a alta em Chicago, os preços no mercado interno brasileiro finalmente voltaram a subir. De acordo com levantamento da Agência Safras, houve registro de negócios no mercado disponível do Rio Grande do Sul, do Paraná, do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul e de São Paulo. No porto de Rio Grande, as cotações avançaram de R$ 69,50 para R$ 70,50. No porto de Paranaguá (PR), a cotação da saca subiu de R$ 69,50 para R$70,00. Em Rondonópolis (MT), o preço da saca subiu de R$ 58,00 para R$ 59,00.Em Dourados (MS), a cotação avançou de R$ 60,00 para R$ 62,00 por saca.
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