Imprimir

Notícias / Agricultura

Importação crescente de frutas e verduras em um país como o Brasil é injustificável, analisa Glauber

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

A importação de frutas e verduras para o mercado brasileiro tem sido crescente nos últimos anos, o que é injustificável para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Glauber Silveira, em um país com tanto potencial produtivo, tanta terra e água.

Em postagem em seu blog Soja, Silveira comenta que nos últimos 10 anos, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a importação de frutas e hortaliças cresceu mais de 400%.

Leia também:
MT será mais competitivo nos próximos dez anos com investimento em logística, prevê Cidinho
Hidrovias serão marco para desenvolvimento de Mato Grosso, afirma Dorner

Para ele, é a importação que torna alguns produtos tão caros e deixa o consumidor refém da oscilação de preços.
“Em um país com tamanha área agrícola isto não deveria acontecer. E o que está ocorrendo é que estamos sofrendo de falta de planejamento e investimentos, principalmente nos produtos que diariamente ocupam a mesa dos brasileiros”, publicou.

Ele ressalta que o brasileiro não come nem 30 kg de frutas e verduras por ano, enquanto a FAO recomenda 146 kg e o problema, aponta, não é educação alimentar, mas falta dinheiro a grande parte dos brasileiros para ter acesso.

“Isso porque estamos importando frutas e verduras em um país com aptidão excepcional para produção e que nos últimos 12 anos, segundo a Embrapa, mantém a mesma área de produção de hortaliças”, reclama.

Glauber pontua que além de não produzir mais, algumas culturas, como alho, mandioca e banana têm ido na contramão, diminuindo a produção. Para o presidente da Aprosoja Brasil o que falta é priorização e investimentos no setor, que é grande movimenta muito dinheiro, além de gerar milhares de empregos.

“É fundamental incentivar a produção, dar treinamento, assistência técnica, investir em pesquisa, disponibilizar produtos fitossanitários. E mais, romper a sazonalidade por meio do incentivo ao plantio em regiões diversas, afinal temos áreas acima e abaixo do equador. Sim, é preciso criar uma logística nacional de distribuição e apoio a comercialização”, analisa Silveira.
Imprimir