O tempo seco favoreceu a maturação do mamão no norte do Espírito Santo. A quantidade de frutos prontos para a colheita aumentou, o problema é que com a oferta maior, o preço caiu.

Já está na hora de colher o mamão. A produção vai ser boa na propriedade do agricultor Bruno Pessotti, que fica em Sooretama, região norte do Espírito Santo, e não é apenas na propriedade dele que a produção subiu. A situação é geral na maior região produtora do estado.

Sol demais e nenhuma chuva. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), a alta temperatura auxilia no amadurecimento mais rápido da fruta, aí a produção vai lá em cima.

"O mamão é muito sensível à temperatura, à umidade, ao clima em geral e, aí, ele acaba de uma semana para outra reduzindo a produtividade ou aumentando em grande escala, o que provoca oferta alta ou baixa num período curto, explica José Roberto de Macedo, diretor técnico da Brapex.

Com o aumento na oferta, o preço caiu. "Hoje, comparado com o ano passado, temos uma desvalorização do nosso produto em torno de 60%. Neste mesmo período de 2013, estávamos trabalhando com a fruta no campo em torno de R$ 1,40, enquanto nas últimas semanas, o preço não passou de R$ 0,50", diz Bruno Pessotti.

O Espírito Santo é o segundo maior produtor nacional de mamão, só perde para a Bahia.