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Notícias / Agronegócio

Brasil envia missão para países que determinaram embargo

Gazeta do Povo

 Uma missão formada por técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) irá visitar o Peru e o Egito na próxima semana. Recentemente, os dois países anunciaram restrição a carne bovina brasileira por conta do caso de encefalopatia espongiforme bovina, popularmente conhecida como doença da vaca louca. No caso do país sul-americano, o embargo vale para todo o território nacional, enquanto a nação africana restringiu a compra especifica do Mato Grosso, estado que registrou a doença.

“Recebemos comunicados oficiais que esses dois países deixaram de comprar. A missão tem como objetivo apresentar os documentos para comprovar que está tudo correto. Também serão convidados a vir ao Brasil visitar os frigoríficos”, afirma Jorge Lopes, chefe da comunicação do Mapa.

A maior preocupação é com o Egito, grande comprador da proteína bovina. Em 2013, o país comprou 144,7 mil toneladas, quantidade que o colocou na quarta posição do ranking de maiores importadores de carne bovina in natura do Brasil, de acordo o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Paraná (Sindicarnes).

O Ministério também pediu uma agenda junto aos governos de Argélia e Irã. Oficialmente, nenhum comunicado sobre embargo com origem nestes dois países foi recebido pelo órgão. Porém, as empresas que exportam carne bovina afirmam que estão sofrendo restrições.

Juntos, Egito, Argélia, Irã e Peru importaram 218 mil toneladas da carne brasileira no ano passado. Para evitar novos embargos, o Brasil enviou um dossiê com a documentação sobre os cuidados sanitários para todos os seus parceiros comerciais envolvendo carne bovina.

Caso

No início do mês, o laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) confirmou que o caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecido como mal da vaca louca, encontrado em Mato Grosso é atípico.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento disse que um teste realizado no laboratório de Weybridge, do Reino Unido, ratifica resultado das investigações epidemiológicas realizadas no Brasil indicando que se trata de um caso espontâneo, que não tem qualquer correlação com a ingestão de alimento contaminado.
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