O novo Plano de Safra da Agricultura e Pecuária foi divulgado essa semana em Brasília. Ao todo serão R$ 156,1 bilhões, 14,7% a mais do que no ano passado. Para operações de investimento, o limite por produtor, dependendo do tamanho da propriedade, pode chegar até R$ 3 milhões, para custeio, R$ 1,1 milhão e para comercialização, o valor é de R$ 2,2 milhões por produtor.

Na média, os juros serão de 6,5% ao ano, 1% a mais do que foi cobrado no ano passado.

Houve reclamação quanto ao aumento na taxa de juros, mas o ministro da Agricultura, Neri Geller, disse que o aumento foi menor do que a taxa Selic, que mede a inflação.

O Plano de Safra é o principal instrumento para custear, investir e comercializar a safra de grãos. Em Mato Grosso, os agricultores esperavam pelas medidas para fazer o planejamento nas propriedades.

Emerson Bonini já sabe o que fazer com o dinheiro que terá disponível. Em primeiro lugar, ele quer financiar a construção de um armazém na fazenda porque o que colheu na última safra ficou em silos bolsas. Além do crédito para investimento, Emerson ainda quer pegar dinheiro para custeio.

Aproximadamente 1,2 mil hectares serão plantados com soja, entre áreas próprias e arrendadas, e cerca de 60% das despesas desta nova lavoura serão financiadas com recursos do Plano Safra.

O financiamento para máquinas agrícolas teve uma mudança neste plano. O Moderfrota vai permitir que o agricultor financie máquinas novas, além das usadas. A taxa de juros foi reduzida em 1% e ficou em 4,5% ao ano, dependendo da operação. As lojas têm a expectativa de que as vendas cresçam.

O dinheiro do Plano Safra deve estar disponível nos bancos a partir de primeiro de junho. Já o Plano da Pecuária prevê que cada criador poderá financiar até R$ 1 milhão para aquisição de matrizes e reprodutores.