É época de colheita do arroz no Maranhão, principal produtor do grão no Nordeste, e apesar da redução na área plantada, a safra vai ser maior.

Samuel Soares de Sousa está terminando a colheita em uma plantação com 200 hectares em São Mateus, no Maranhão. Ele está animado com o clima bom que aconteceu do começo ao fim da lavoura. "O inverno foi bom esse ano, não teve praga, não deu lagarta, não deu pulgão, não deu nada e o que estamos vendo é uma lavoura sadia", diz.

A colheita de arroz no norte do Maranhão chega ao fim com os agricultores animados este ano. O rendimento médio das lavouras passa de 5,5 mil quilos por hectare.

Os produtores maranhenses plantaram menos arroz este ano, mas como o clima ajudou, a produção será 23% maior que a do ano passado. Na região norte do estado, o plantio é feito nos banhados, imensas planícies que ficam alagadas na estação das chuvas.

As colheitadeiras têm que estar equipadas com esteiras para entrar nos campos do Pantanal.

Clóvis Bernardi é gaúcho e teve que se adaptar às condições da região. Ele está concluindo a colheita em uma área de 900 hectares. “Em São Mateus chove muito. Chove bem, então o solo fica encharcado naturalmente. A chuva deixa o solo encharcado e, com isso, o arroz se desenvolve bem na condição de sequeiro”, diz.

Além da produção maior, o preço também está bom. A saca de 60 quilos está sendo vendida por R$ 38, mesmo preço do ano passado, enquanto no Rio Grande do Sul, principal produtor de arroz do país, a saca está saindo por até R$ 40.