Os preços do etanol ao consumidor final caíram em 16 Estados e no Distrito Federal entre os dias 1 e 7 de junho, segundo pesquisa da Agência Nacional de Petróleo (ANP). A maior queda foi registrada em Mato Grosso do Sul, onde o preço médio do litro do etanol hidratado, que é usado diretamente no tanque dos veículos, caiu 1,62%, a R$ 2,187.

Em São Paulo, maior Estado consumidor de combustíveis do país, o preço médio do hidratado nos postos caiu 0,82%, a R$ 1,92 o litro. Com isso, a paridade com o preço da gasolina ficou ainda mais favorável ao etanol no Estado. Isso porque seu preço passou a equivaler R$ 66% do preço médio do concorrente fóssil, ante 67% da semana anterior.

Para ser considerado vantajoso ao consumidor abastecer com etanol, seu preço tem que equivaler a menos de 70% do preço da gasolina, segundo o parâmetro mais aceito pelo mercado. Segundo esse critério, também é vantajoso abastecer com etanol no Paraná e em Goiás, onde essa paridade está em 69%. Há estudos, no entanto, que consideram que esse ponto de equilíbrio é 79%.

Em nove Estados, o preço do hidratado nos postos subiu. A maior alta foi registrada no Amapá (0,77%), segundo levantamento da ANP. Os preços ao consumidor final ficaram estáveis em Pernambuco.

Já na usina, os preços do hidratado subiram na última semana. O indicador Cepea/Esalq para o biocombustível se valorizou 1,10%, a R$ 1,2071 o litro, na semana entre 2 e 6 de junho.

A demanda forte e a retenção da oferta por grandes grupos produtores de etanol pressionaram para cima os preços, segundo traders.

Já o etanol anidro, que é misturado à gasolina na proporção de 25%, recuou no mesmo período. O indicador Cepea/Esalq para o produto recuou 1,09%, a R$ 1,3237 o litro.