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Notícias / Agronegócio

Recomendações de boas práticas ambientais chegam aos suinocultores

Sou Agro

 Guia de Recomendações Básicas de Sustentabilidade Ambiental para a Produção de Suínos, produzido pelo Fundesa em parceria com entidades do setor e a Embrapa, foi lançado na sexta-feira (13), na Suinofest, em Encantado (RS).

Depois de quatro meses de intenso trabalho, o Guia de Recomendações Básicas de Sustentabilidade Ambiental para a Produção de Suínos começa a chegar às mãos dos produtores e técnicos ligados ao setor no Rio Grande do Sul. A publicação, de 60 páginas, foi desenvolvida pelo Fundesa em parceria com diversas entidades como Sips, Acsurs, Emater, Embrapa, Fepam, Mapa e Secretaria da Agricultura. O lançamento aconteceu na sexta-feira (13), durante programação técnica da Suinofest, em Encantado (RS).

O conteúdo do guia foi elaborado ao longo de encontro realizado em fevereiro, com quarenta representantes de diversas entidades, em Salvador do Sul (RS). A proposta para elaboração da publicação surgiu no final de 2013, por demandas do setor de suínos, durante assembleia geral do Fundesa. A tiragem inicial é de 12 mil exemplares e a distribuição será gratuita. Os interessados podem solicitar seu exemplar pelo email fundesa@vai-se.net ou junto à sua integradora.

O objetivo do guia é tornar as informações sobre boas práticas ambientais e exigências para execução da atividade mais claras e acessíveis aos produtores, informa o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, para quem a construção da publicação foi o primeiro passo. “Agora, precisamos fazer com que os produtores acreditem e coloquem em prática essas recomendações, de forma que a suinocultura seja uma atividade reconhecida pelo produto final de qualidade que gera, com responsabilidade ambiental.”

Antes do lançamento, ocorreu um Seminário com os cinco principais eixos do guia. A engenheira ambiental Andrieta Anater, falou sobre a “Água” e a importância de preservar este recurso finito e vulnerável. O médico veterinário Luciano Brandalise falou sobre “Aspectos de biossegurança nas granjas” e lembrou que “todas as granjas, de qualquer tamanho, precisam praticar biossegurança, pois as doenças não escolhem CNPJ nem endereço.”

O engenheiro agrônomo Luciano Cremonese abordou o tema “Resíduos sólidos não-orgânicos”, e salientou a importância da implantação de coleta seletiva nas granjas, bem como ter atenção ao descarte de resíduos sólidos, gerados em grande volume na produção de suínos. O engenheiro agrônomo Henrique Bartels falou sobre “Resíduos orgânicos” e lembrou que a gestão deste quesito começa no cálculo da ração que, se feito corretamente, gera melhor conversão e menor volume de dejetos. O médico veterinário Nelson Grzybowski, falou sobre “Licenciamento ambiental” e afirmou que a questão de sustentabilidade é um desafio diário para a suinocultura, e o setor está organizado para melhorar a relação com este quesito.

Peste Suína Clássica

O diretor do Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio,, Eraldo Marques, anunciou, durante discurso no lançamento do guia, que iria a Brasília nesta segunda-feira (16), para tratar sobre o reconhecimento do Rio Grande do Sul e Santa Catarina como áreas livres de Peste Suína Clássica (PSC) junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Até agora, a certificação de área livre da doença ocorre por auto-declaração, pelo Ministério da Agricultura. Mas integrantes do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa), querem mais prazo para a comunicação e adesão do Mapa junto à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), nesse quesito, para que outros 14 estados possam conquistar a certificação junto ao órgão internacional. Marques afirma que vai brigar pela segmentação. “Rio Grande do Sul e Santa Catarina fizeram o tema de casa; não é justo que tenhamos que esperar mais para garantir o reconhecimento da OIE”, diz.
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