Agricultores familiares gaúchos atingidos pelas chuvas vão poder renegociar dívidas de investimento e custeio com mais facilidade. A medida fez parte de uma lista de reivindicações, encaminhada aos ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura, além do governo estadual, pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag).

O levantamento dos prejuízos causados pelas chuvas no Estado ainda está sendo feito pela Emater, mas já se sabe que a quantidade excessiva de água está impedindo o plantio de trigo, prejudicando o desenvolvimento de pastagens de inverno e atingindo a pecuária. Mais de 100 municípios gaúchos foram afetados, em especial as regiões norte e noroeste.

Diante desta situação, a Fetag encaminhou aos governos estadual e federal uma pauta de reivindicações, contendo medidas necessárias para amenizar o sufoco enfrentado pelos agricultores, e algumas já foram atendidas.

– O laudo coletivo, para onde há mais de 30 produtos, previsto pelo decreto do governo, vai facilitar e vai fazer com que esse processo ande mais rapidamente – afirma o presidente da Federação, Carlos Joel da Silva.

Em casos de problemas climáticos, o Manual de Crédito diz que o produtor pode prorrogar o custeio em até 36 meses, ou jogar as parcelas de investimento para o ano seguinte. A Fetag conseguiu aprovar também, a antecipação de forrageiras de verão.

– Nós entendemos e o governo também, que temos que antecipar o “troca-troca”, garantir a qualidade da pastagem dos animais mais rapidamente com as forrageiras – diz Joel.