A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul está intensificando o combate ao barbeiro, transmissor da doença de Chagas. No noroeste do estado, os agentes estão percorrendo as propriedades em busca de focos do inseto.

O trabalho começou desde que novos focos foram identificados nos municípios da região.

Na década de 80 era comum encontrar focos do barbeiro em até 60% das residências e hoje, mesmo com o trabalho de orientação e controle dos insetos, ainda é possível encontrá-los na região.

Os insetos que transmitem a doença de Chagas também costumam aparecer em madeiras empilhadas e frestas de paredes, por isso, a colaboração dos agricultores têm sido essencial.

Amostras encontrados são encaminhadas para laboratórios de análise. “Se algum proprietário, algum agricultor perceber que tem inseto, algum vetor que tenha as características do barbeiro, ele poderá encaminhar para a Secretaria Municipal da Saúde e terá um retorno do estado para ver como tratar a questão na propriedade e na família, que eventualmente poderá ter sido atingida", explica Roque Gilberto Bourscheid, coordenador regional de Saúde.

A transmissão da doença de Chagas ocorre quando a pessoa coça o local picado pelo barbeiro e as fezes eliminadas pelo inseto penetram na pele. A transmissão também pode ocorrer por transfusão de sangue e por via oral, com a ingestão de caldo de cana ou açaí contaminados com o parasita que causa a doença.