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Notícias / Agricultura

Otimismo da safra americana pressiona preços do milho para baixo

IMEA e RABOBANK

 Com a boa evolução da colheita e a entrada de produto no mercado, os preços para o milho não estão sendo dos melhores nas últimas semanas, informa boletim publicado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Isso ocorre também devido à pressão vinda do mercado externo, que espera uma boa safra nos Estados Unidos e maiores estoques do cereal tanto na safra 2013/2014 quanto na 2014/2015.

Assim, o preço do milho no mercado interno vem sofrendo quedas diariamente, registrando um preço médio de R$ 11,00/sc na última semana e queda acumulada de 36% desde o início do mês. As projeções de área, produtividade e produção do milho cultivado na segunda safra 2013/2014 em Mato Grosso foram revisadas com o decorrer dos trabalhos no campo, trazendo um cenário um pouco diferente do esperado inicialmente: os bons preços do cereal registrados na época pré-semeadura, elevou a estimativa da área de cultivo do grão para 3,2 milhões de hectares e a produtividade esperada para 88,5 sc/ha.

A produção mato-grossense do cereal nesta temporada é estimada em 17,1 milhões de toneladas. Tendo em vista a elevação de expectativa da oferta, juntamente com o recuo esperado da demanda, os estoques finais desta safra foram elevados consideravelmente para 2,38 milhões de toneladas.

Inchaço de estoques globais pressionam preços

Os estoques globais deverão subir pelo quarto ano consecutivo em 2014/2015, a 180 milhões de toneladas, frente a 167 milhões de toneladas em 2013/2014, de acordo com o último relatório do Rabobank, sinalizando manutenção de pressão nos preços internacionais. Em Chicago, os contratos julho, setembro e dezembro apresentaram quedas no período de 17%, 18% e 16%, respectivamente a US$4,24/bu, US$4,18/bu e US$4,25/bu.

• USDA eleva estimativa de produção de milho e soja nos Estados Unidos

No mercado brasileiro, espera-se que o governo anuncie medidas de apoio à comercialização do cereal, caso os preços se mantenham abaixo do mínimo de garantia no Centro-Oeste. Assim como no ano passado, o foco deverá ser no Prêmio Equalizador Pago ao Produto (Pepro), que, entretanto, devem ocorrer somente a partir de agosto.

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