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Notícias / Agronegócio

Produtores catarinenses de ração dependem de suprimento externo de milho

Canal Rural

 Lideranças do setor de alimentação animal de Santa Catarina reivindicam ao governo ações de estímulo à produção de milho no Estado. Atualmente, mais de dois milhões de toneladas do cereal vêm de fora todo ano para abastecer as granjas. Santa Catarina é o Estado brasileiro que mais produz aves e porcos. Estes animais são os maiores consumidores de ração dentro da pecuária brasileira: de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), a Avicultura lidera o consumo do produto, com mais de 35 milhões de toneladas/ano, enquanto os suínos atingem quase 15 milhões de ton/ano. A produção anual brasileira de ração é estimada em 62 milhões de ton.

Neste cenário, muitos produtores optam por misturar suas próprias rações. O Canal Rural Na Estrada cumpriu o trajeto da matéria-prima da ração até a entrega do produto final na granja da família Biondo, no interior de Seara, no oeste catarinense. Nesta propriedade, os custos reservados apenas ao frete chegam a R$ 70 mil por mês – sendo que eles têm carretas pra buscar os insumos e dois graneleiros para fazer a distribuição.

A fazenda segue a tendência de modernização por uma maior eficiência de alimentação dos animais, com tubulações, silos e comedouros automáticos. Uma das atividades visando maior produtividade é a criação de misturas mais adaptadas aos animais da granja. Entretanto, existe a possibilidade de o governo obrigar os criadores a registrar as fábricas de ração que estão em suas propriedades:

– Hoje, o governo está querendo implantar um registro da fábrica de ração. Acho inviável, injusto, já que nós não vendemos ração, simplesmente fabricamos para nossos suínos. – diz o suinocultor Jacob Biondo.

Esta questão é uma peça dentro da cadeia logística da ração, que é o tema do novo episódio de Canal Rural Na Estrada. O programa vai ao ar no domingo, dia 20, às 8h – com reprise às 20h.
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