Independente do andamento do mercado nestas próximas quatro semanas do mês, em agosto corrente o frango vivo alcançará preços médios inferiores aos de agosto do ano passado. Não só isso, pois, pelo comportamento do consumo, a tendência é repetir (na média) valores próximos aos de dois anos atrás, ou seja, de agosto de 2012.

É algo praticamente impossível igualar ou mesmo aproximar-se do desempenho observado em agosto de 2013, ocasião em que o frango vivo negociado no interior paulista registrou valorização de 23% (adicional de 50 centavos) entre o primeiro e o último dia do mês.

E isso é impossível porque esteve ausente o fator causador da menor oferta observada naquele período: as fortíssimas ondas de frio que marcaram o inverno do ano passado (nevou até em Curitiba, lembram?). Daí ser mais lógico contar com desempenho similar ao de dois anos antes. Mas porque agosto de 2012? Porque o preço médio registrado naquele mês – R$2,30/kg – foi superior ao que vem sendo alcançado atualmente no mercado paulista – R$2,25/kg.

É verdade que, mesmo sem o frio do ano passado, em agosto de 2012 o frango vivo também registrou valorização de 23% - e num espaço de tempo mais curto: cerca de 15 dias. Mas, a exemplo do que ocorreu em 2013, naquela ocasião também houve significativa redução da oferta – determinada, no caso, por uma forçosa queda na produção, imposta ao setor pela explosão de preços das matérias-primas.

Uma vez que, neste ano, a oferta se mantém dentro dos níveis normais, pois o setor não está sendo afetado nem pelo frio nem pelos custos elevados, caem as possibilidades de fortes ganhos do frango (vivo ou abatido) no período. Assim, a tendência mais lógica parece ser a de pequena valorização no período, mesmo porque o consumidor, com o poder aquisitivo corroído, não dá mostras de proporcionar muito mais do que vem oferecendo atualmente.