Durante o inverno, a produção de mamão diminui no Espírito Santo e com menos fruta no mercado, o preço normalmente sobe, só que este ano, os agricultores foram pegos de surpresa.

O sol, maior aliado das frutas tropicais, se escondeu nesses últimos meses, o que significa problema para os produtores de mamão.

Em uma lavoura, em Sooretama, no norte do estado, a produção da fruta, no período de altas temperaturas, chegou a mil toneladas, enquanto agora no inverno, não passou de 400.

No tempo quente, a produção é maior porque o período de maturação é menor. Para chegar da flor ao fruto são, mais ou menos, quatro meses. No frio, esse ciclo pode chegar a seis meses.

A produção menor e a maior qualidade da fruta seriam motivos para um aumento no preço, mas este ano, a situação é outra. Em uma propriedade com 100 hectares plantados, o produtor Bruno Pessoti reclama que o valor caiu mais de 50%.

“Dos últimos três invernos, 2014 teve o menor preço praticado. O ano passado, por exemplo, foi um ano histórico, quando vendemos o quilo a R$ 2,40. Agora, o quilo não chega R$ 1”, diz.

Carlos Henrique Rodrigues, agrônomo da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), fala sobre o preço da fruta que é exportada, como está o volume de exportação e como deve se comportar o mercado nos próximos dias. Confira a entrevista no vídeo com a reportagem completa.