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Líderes da Suiá Missú ainda não foram interrogados pela PF; prisão temporária vence hoje

De Brasília – Vinícius Tavares

Vence à meia noite de hoje (11.8) o prazo para o fim da prisão temporária - que é de cinco dias - dos líderes da gleba Suiá Missú, presos na última quinta-feira (7.8) em uma operação da Polícia Federal desencadeada em Goiânia em Posto da Mata (MT).

Permanecem detidos na carceragem da PF em Goiânia o presidente da Associação dos Produtores Rurais de Suiá Missú, Sebastião Prado, e seu antecessor, Renato Teodoro. Outros líderes como Zé Vaqueiro, Camelo e o vereador Nivaldo estão detidos na PF em Barra do Garças.

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De acordo com Nailsa Rita Bispo, esposa do presidente da associação, o delegado da PF em Barra do Garças tem até a meia noite de hoje para pedir a prisão preventiva dos agricultores, acusados dos crimes de roubo, sequestro, cárcere privado e formação de quadrilha.

Ela acredita, porém, que não há uma justificativa plausível para mantê-los presos. Segundo ela, que está na sede da PF na capital goiana na companhia de um advogado, até o momento nenhum deles foi interrogado por agentes da PF.

“Soube que em Goiânia nenhum deles foi interrogado porque não sabiam o que perguntar, já que a PF de Goiás está apenas cumprindo uma precatória (delegação de competência)”, informou.

Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão e de prisão temporária na última quinta-feira na residência de Prado, o Tião Barbudo, em Goiânia, e em Alto Boa Vista, no Araguaia.

De acordo com o advogado de Prado, Alexandre Rodrigues, os mandados foram expedidos pelo juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, da subseção judiciária em Barra do Garças (MT), por determinação do Ministério Público Federal em processo que corre em segredo de justiça.

Tião e outros líderes, entre eles Zé Vaqueiro, Camelo, o vereador Nivaldo e a vice-prefeita de Alto Boa Vista Irene Rocha, são investigados por envolvimento na invasão da terra indígena Maraiwatsede, desocupada em dezembro de 2012 por determinação da justiça federal em operação que envolveu a Força Nacional de Segurança, PF e Polícia Rodoviária Federal. 
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